Técnicas para fazer o efeito bigode

Os bigodes estão mais do que na moda

Coleção após coleção, a diversificação dos visuais é constante. Novos tecidos são desenvolvidos, modelagens substituídas, visuais renovados. Mas, quando nos referimos aos efeitos de lavanderia, os bigodes resistem ao tempo, evoluindo a cada temporada.

 

Chamado por alguns de efeito tanque, os bigodes são aqueles efeitos caracterizados por espécies de faixas horizontais e/ou diagonais, que simulam desgastes ocasionados a partir dos movimentos da parte superior das pernas, dos joelhos e dos cotovelos. Também podem aparecer em barras de calças.

 

Neste inverno vintage, os bigodes aparecem com força total, em combinação com as bases típicas da estação – sóbrias e pouco estonadas. Aparecem nas mais diferentes formas, intensidades, localizações e tons, porém, de forma sutil e natural.

 

A sutileza e a naturalidade dos efeitos são garantidas a partir do desgaste em degradê, do controle da intensidade, da assimetria e da escolha ideal das localizações. Também conta a combinação com as diferentes técnicas empregadas para os desgastes localizados: lixados, laser, used químico (KMnO4, permanganato de potássio) e jateamento (que pode ser de óxido de alumínio).

 Na maioria dos casos, os bigodes são obtidos a partir da formação de relevos e, posteriormente, pelo descarregamento parcial da coloração do tecido em função desses relevos. Para cada procedimento mencionado, existem diversas técnicas.

Para obter os relevos são utilizados gabaritos internos e externos com diversos formatos e padrões, prensas que produzem efeitos amassados, infladores por meio de dobras manuais, entre outros procedimentos. Os descarregamentos na maioria dos casos se dão por abrasão física a partir de lixados, jatos de areia, retíficas (equipamento portátil com ponta abrasiva na extremidade, movido a ar comprimido ou energia elétrica) ou por desgaste químico por meio de corrosão realizada com jatos à base de permanganato de potássio (KMnO4).