Santista relança marca

A partir do segundo semestre, a unidade de tecidos para roupas profissionais passou a atuar como empresa independente da Tavex, e anuncia lançamentos.

Aproveitando a participação na Fisp (Feira Internacional de Segurança e Proteção), a Santista decidiu relançar a marca, amparada pelo lançamento de tecidos tecnológicos destinados ao mercado de roupas profissionais. A partir do segundo semestre, a Santista passou a atuar como empresa independente e não mais como unidade de negócios workwear da Tavex, sendo ambas controladas pelo grupo Camargo Corrêa. “Ainda temos alguns serviços em comum com a Tavex, mas, toda a parte comercial, de marketing, desenvolvimento de produtos são separadas. Com essa outra plataforma de negócios conseguimos oferecer soluções mais customizadas a nossos clientes”, explica Mauro Preti, que continuou à frente da Santista.

Na grande reestruturação anunciada pela Tavex no início do ano passado, o executivo já cuidava da diretoria de negócios de workwear da companhia. Sob o comando dele permancem três fábricas, sendo duas delas no Brasil, dedicadas ao desenvolvimento de tecidos profissionais – uma em Socorro, em Sergipe, e outra em Paulista, em Pernambuco. “A da Argentina ainda é uma fábrica mista, que produz denim e tecidos para roupas profissionais”, acrescenta Preti.

De acordo com o diretor, a Fisp representa a oportunidade de relançar a marca Santista, que ganhou o complemento Work Solution, para destacar a nova fase. Durante o evento que termina na sexta-feira, 10 de outubro, na capital paulista, a empresa anunciou três novos artigos, na área de tecidos tecnológicos, cuja tendência é ampliar participação no volume de vendas da empresa. A principal novidade, diz Preti, é o Vulcan X, com proteção a riscos térmicos, provenientes de fogo repentino e arco elétrico.

Segundo a empresa, é o primeiro tecido retardante à chama com meta-aramida produzido no Brasil. “A proteção é garantida pelo tipo de construção do tecido que usa o que chamamos de fibras inerentes, que quando são produzidas já vêm com a propriedade retardante à chama. Na prática quer dizer que essa propriedade fica para sempre até o tecido rasgar”, destaca Preti. Ele acrescenta que o tecido com fibra inerente é diferente da proteção retardante à chama aplicada como coat sobre o tecido. “Esse tipo de acabamento tem prazo de validade, porque vai saindo na lavagem industrial. Por isso se fala no mercado que resiste de 50 a cem lavagens”, afirma.

O segundo artigo lançado durante a feira é o Duracam, tecido camuflado voltado para ações de risco, conta com um tipo de tecnologia “que binóculos infravermelhos, utilizados em operações noturnas, não conseguem identificar a camuflagem”, destaca a empresa. O artigo foi desenvolvido em parceria com a Invista. A linha Coldblack incorpora tecnologia que reduz a absorção dos raios solares em cores escuras e promove melhor gerenciamento térmico, descreve a Santista. Com isso, garante o fabricante, o produto reduz a temperatura em até 5ºC, sendo indicado para uniformes utilizados por trabalhadores que ficam expostos ao sol durante longos períodos do dia.

As mudanças promovidas pela Santista Work Solution a partir de julho também incluem nova segmentação de produtos. Preti conta que as áreas de atuação foram divididas em quatro segmentos, atendidos por uma equipe de 15 consultores no mercado brasileiro. Um é o de tecidos com propriedade retardante a chamas, considerado o mercado de maior potencial de crescimento; outro é o de artigos de uso militar; o terceiro é o Tecplus, com tecidos que recebem acabamentos repelentes a água, óleo e picada de mosquito. Completa o mix, a linha Classic composta de tecidos mais básicos, incluindo workfashion, que responde por 60% a 70% do volume de vendas da empresa.