Novos antivirais de Malwee e Delfim

Malwee lança kit com máscara e camiseta de acabamento da CHT e tecido da Delfim usa nanotecnologia à base de prata da Nanox.

Novos produtos com acabamento antiviral foram lançados no mercado brasileiro. Para o consumidor final, a Malwee desenvolveu o kit com máscara e camiseta combinando que receberam acabamento de defesa química, que começa a ser vendido a partir da segunda quinzena de julho. Para as confecções, a Delfim desenvolveu tecido em parceria com a Nanox, detentora de nanotecnologia de revestimento têxtil de proteção à base de prata. Em ambos os casos a proteção é temporária. Ou seja, vai diminuindo conforme as peças são lavadas em casa.

São produtos que prometem resistência ao contágio por covid-19. A Malwee informa que para o acabamento dos tecidos empregados no kit usou o produto HeiQ Viroblock NPJ03, da química CHT. “Essa é uma das primeiras tecnologias têxteis testadas no mundo, com eficácia comprovada em laboratório, contra o SARS-CoV-2”, afirmou em nota divulgada à imprensa Luiz Thiago R. de Freitas, gerente industrial têxtil da Malwee.

Conforme a empresa, os testes foram conduzidos pela suíça HeiQ, juntamente com o instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade de Melbourne, Austrália (Instituto Doherty). “E mostraram que o tecido tratado apresentou uma ação antiviral muito rápida contra a cepa viral SARS-CoV-2”, acrescenta a nota. Combina sais de prata e a química lipossomal com efeito antiviral. Também afasta bactérias e fungos.

MÁSCARAS COM TRIPLA PROTEÇÃO

As máscaras são confeccionadas com três camadas de tecido 100% algodão. Nas duas primeiras o tecido conta com repelência à água e a última camada incorpora o acabamento antiviral, explica a Malwee, que vai doar 10% do valor do kit vendido pelo e-commerce da marca.

A Malwee informa que a proteção se estende por mais de 30 lavagens, “mantendo altos índices de inibição antimicrobiana”. São quatro opções de camisetas femininas e quatro de masculinas. Cada camiseta custa R$49,99. Para combinar, quatro opções de kit, cada um com duas máscaras. Tem preço de varejo de R$29,99.

Para as crianças, a marca vai lançar o Malwee Kids Protege com a mesma configuração, mudando o preço. Cada camiseta infantil sai por R$39,99 cada uma, enquanto o kit custa R$24,99 o kit.

DELFIM INVESTE R$ 2 MILHÕES

Para o lançamento comercial do Delfim Protect, a tecelagem investiu R$ 2 milhões. O valor envolve os testes em laboratório e a consultoria externa para desenhar o tecido e encontrar as possíveis aplicações. Além de uma significativa adaptação de maquinário, ressalta a empresa em comunicado à imprensa. “Fizemos vários testes para entender o tipo de fio, a malha adequada, sua gramatura, para chegar ao resultado adequado”, declarou Mauro Deutsch, presidente da Delfim, consolidada como fabricante de tule.

O novo artigo tem composição em 100% poliéster, usando aplicação de nanotecnologia à base de prata da Nanox. Os testes vêm sendo realizados desde fevereiro. Segundo a empresa, já foram efetuadas vendas para o varejo têxtil. Na etapa inicial, projeta capacidade de produção de 60 mil metros do Delfim Protect. “Temos a possibilidade de produzir 1 milhão de metros por mês”, afirmou o empresário na nota de imprensa.

A aplicação do novo tecido da Delfim é variada. De equipamentos de EPIs, como máscaras, jalecos e toucas até aventais e toalhas para restaurantes, passando por babadores e trocadores para bebês, entre outras.

Segundo a empresa, a inovação nasceu da inquietação de Mauro Deutsch em buscar maneira de contribuir para combater a pandemia. Com a ideia amadurecida de criar um tecido com propriedades bactericidas e fungicidas, além de impermeável, com efeito repelente da água, buscou um parceiro nacional que produzisse um composto com essas características para ser adicionado ao tecido. Chegou à startup Nanox que utilizava o produto, até então, para outras propriedades.

“Criamos uma fórmula com micropartículas capazes de inativar o novo coronavírus e coube à Delfim desenvolver, com base no uso dessa tecnologia, um ‘super tecido’ a partir de um processo industrial altamente qualificado”, declarou Gustavo Simões, diretor da Nanox, no comunicado da Delfim.

Leia também: Brasil avança em tecidos antivirais

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