Riachuelo dribla pressão inflacionária

Sem espaço para repassar custos ao consumidor, opção da rede de lojas será investir em produtos com mais conteúdo de moda e, portanto, mais caros.

Prevendo um segundo semestre com ritmo mais forte do que foi 2013, a Riachuelo preocupa-se com a pressão inflacionária. Sem espaço para repassar os custos ao consumidor, a rede varejista assumiu a estratégia de mexer no mix de produtos, com a inclusão de mais conteúdo de moda, portanto, mais caros. Avalia que diante de produtos mais elaborados, o consumidor vai perceber valor e estará disposto “a pagar um pouco mais”, disse a companhia em conferência com os investidores na manhã de sexta-feira, 08 de agosto, mesmo dia da apresentação dos resultados da Marisa.

Diante do desempenho apurado, a Riachuelo mantém o plano de inaugurar 40 lojas até dezembro. No primeiro trimestre abriu uma e no segundo, mais dez. Entre julho e agosto, abriu seis unidades. Entre setembro e dezembro planeja operar mais 23, mas, depende do cronograma de inaugurações do shopping centers. O resultado consolidado do trimestre mostra que a receita líquida subiu 18,5% para R$ 1.124,5 bilhão, em comparação com o segundo trimestre de 2013. No semestre, a taxa de expansão foi de 19,4%, para alcançar R$ 2.015,9 bilhões.

No segundo trimestre, o lucro líquido consolidado cresceu 33,8% sobre igual período do ano passado, para R$ 124,5 milhões. O lucro do semestre foi ainda maior, tendo expandido em 59%, sobre o intervalo de janeiro a junho de 2013. Os ganhos alcançaram R$ 196 milhões. O total de investimentos foi menor, quando comparado ao primeiro semestre do ano passado durante o qual foram aplicados R$193,1 milhões. Somou R$ 135,2 milhões, a maior parte destinada à Riachuelo (R$ 116,5 milhões), mais R$ 18,7 milhões para a Guararapes, o braço industrial da companhia.