Renner prevê investir R$ 550 milhões

Recursos deste ano representam 10% a mais que o montante aplicado em 2014, sendo destinados a inauguração de lojas e novo centro de distribuição.

Com a recuperação demonstrada pelo quarto trimestre de 2014, a Lojas Renner anunciou que vai reforçar em 10% o volume de investimentos deste ano em relação ao passado. Prevê aportar R$ 550 milhões, em projetos de inauguração de lojas e para a entrada em operação do novo centro de distribuição. Tem expectativa de abrir mais 45 lojas até o final de 2015, sendo 25 da bandeira Renner, outras dez da Youcom e dez da Camicado.

A despeito do tom otimista em torno de ano cujo início se mostra complicado para a economia, a expansão anunciada de investimentos foi menor que a realizada em 2014. De acordo com balanço da companhia, divulgado na sexta-feira, 13, a Renner aplicou R$ 502 milhões, em 2014, quase 22% mais do que em 2013, sendo grande parte direcionada à abertura de 54 lojas. O ano terminou com 332 unidades – 248 da Renner, 25 da Youcom e 50 da Camicado.

O quarto trimestre foi impulsionado pela aceleração no ritmo de vendas. A receita líquida entre outubro e dezembro foi de R$ 1,669 bilhão, 25,3% a mais que o último trimestre de 2013. Com isso, a receita líquida do ano subiu para R$ 4,642 bilhões, representando aumento de 18,6%. O lucro líquido do quarto trimestre foi mais modesto: R$ 218,6 milhões, alta de apenas 1,2% sobre o mesmo período do ano anterior. Ainda assim contribuiu para que os ganhos de 2014 somassem R$ 471,4 milhões, com crescimento de 15,7% sobre o obtido em 2013.

“O crescimento moderado decorre, principalmente, das maiores despesas financeiras e despesas de depreciações e amortizações, assim como em função do reconhecimento de montante relativo a processos tributários incluídos no programa de parcelamento da Lei 13.043/14 (Refis da Copa)”, explica o relatório dirigido aos investidores. A aceleração no último trimestre é creditada ao que a companhia considera boa aceitação das coleções de verão, ao mesmo tempo em que os reajustes de preços “ficaram um pouco abaixo da inflação”.