Moda no topo do ranking do comércio eletrônico

Segmento está em primeiro lugar na categoria de mais vendidos de acordo com o relatório Webshoppers divulgado pela Ebit.

O e-commerce brasileiro fechou 2016 com faturamento de R$ 44,4 bilhões, crescimento nominal de 7,4% ante os R$ 41,3 bilhões registrados em 2015. O número de pedidos permaneceu estável, em R$ 106,3 milhões, mas o tíquete médio registrou alta de 8% na comparação entre os períodos, passando de R$ 388 para R$ 417. Os dados constam do relatório Webshoppers divulgado na última semana pela Ebit. É o menor crescimento registrado desde o início da série histórica, em 2001.

A categoria Moda e Acessórios ficou em primeiro lugar como a mais vendida, respondendo por 13,6% dos pedidos, seguida de perto por Eletrodomésticos (13,1%); Livros/Assinaturas/Apostilas (12,2%); Saúde/Cosméticos/Perfumaria (11,2%); Telefonia e Celulares (10,3%). Em faturamento, Eletrodomésticos (23%) aparece em primeiro lugar seguido da categoria de Telefonia/Celulares (21%), Eletrônicos (12,4%), Informática (9,5%), Casa e Decoração (7,7%).

De acordo com o relatório, o número de consumidores cresceu 22% na comparação com 2015, de 39,14 milhões para 47,93 milhões. As vendas por dispositivos móveis (tablets e smartphones) representaram 21,5% das transações em 2016, ante 12,5% do ano anterior.

MENOR PARTICIPAÇÃO DA CLASSE C
A renda familiar média aumentou 8% na comparação entre 2015 e 2016, de R$ 4.760 para R$ 5.142, mostrando o enfraquecimento da classe C nas compras do comércio eletrônico e conseqüente maior participação das classes mais abastadas nas compras virtuais. Seguindo a tendência registrada desde julho de 2014, as lojas de e-commerce mantiveram a estratégia de cobrar pelo frete. Em dezembro de 2016, apenas 36% das vendas foram realizadas sem a cobrança adicional pela entrega.

O relatório doWebshoppers aponta que as compras realizadas no comércio eletrônico geraram ganho econômico de R$ 10,6 bilhões em 2016, relativo à economia de preço e do poder de barganha dos consumidores junto ao varejo físico derivado das buscas na internet, o chamado efeito ‘ROPO’ (Research Online/PurchaseOffiline).

PREVISÕES
Para 2017, o relatório aponta que o e-commerce brasileiro deve faturar R$ 49,7 bilhões, com crescimento nominal de 12%. O tíquete médio deverá expandir 8%, para R$ 452, enquanto que, para o volume de pedidos, a expectativa é de alta de 4%, para 110 milhões.A Ebit prevê 40% de crescimento das compras feitas por meio de dispositivos móveis no comércio eletrônico. A expectativa é que 32% das transações sejam feitas em smartphones e tablets até dezembro de 2017.

COMPRAS INTERNACIONAIS
Além do relatório Webshoppers 35ª edição, a Ebit divulgou também a quarta edição da Pesquisa Cross Border, que avalia o comportamento de compra dos consumidores brasileiros em sites internacionais. Mesmo em um cenário cambial desfavorável, quando o dólar ultrapassou os R$ 4,00 no primeiro trimestre, os brasileiros gastaram US$ 2,4 bilhões em sites de compra internacionais em 2016, alta de 17% ante os US$ 2,02 bilhões registrados em 2015. O número de consumidores únicos aumentou 21% na comparação entre os períodos, para 21,2 milhões de consumidores únicos.

O site chinês Aliexpress.com permanece como o predileto dos consumidores brasileiros, seguido por Amazon.com, eBay, Deal Extreme e Apple.com. As categorias mais compradas são Eletrônicos (34%), Informática( 25%), Moda e Acessórios (24%), Telefonia (18%) e Brinquedos (17%).