Marcas de luxo investem em lojas virtuais

Grifes como Givenchy e Louis Vuitton avançam na experiência online e lançam apps para venda pelo celular de olho na fatia de consumidores mais conectados por smartphones.

Na semana passada, a PM Digital publicou os resultados sobre o desempenho online de marcas de luxo de roupas, calçados, bolsas e acessórios (menos jóias). Concentrou o estudo em 52 grifes com presença na web e o tráfego por elas gerado nos Estados Unidos de janeiro a agosto. De acordo com o levantamento, cinco marcas respondem por 75% de todo o tráfego gerado no período – cerca de 96 milhões de visitas no total, somente na web americana. A líder é a Ralph Lauren recebendo 25,1% desse trânsito, a Coach vem em seguida com 19,5% e forte presença nos sistemas móveis. Depois aparecem Michael Kors, com 11,9%, Louis Vuitton, com 9,2%, e Gucci, com 9%.

Repetem assim praticamente o mesmo ranking do ano passado. A pesquisa aponta um movimento das grifes em direção aos aplicativos de venda por celular, de olho na fatia de consumidores de luxo, considerados mais conectados por smartphones que a média da população dos Estados Unidos. É o caso da Givenchy que acaba de lançar um aplicativo que permite a compra exclusivamente a partir de iPad ou Iphones, mesmo continuando a não ter loja na web.

A Louis Vuitton vem atraindo mais visitas a cada ano, o tráfego da loja cresceu 32% em 2013, e lançou sistema de venda pelo celular em julho. Seja qual for o canal de vendas loja física, virtual (pela web ou pelo celular), o consumidor de luxo busca a mesma exclusividade de atendimento e nível de serviço, demanda que exige das empresas estratégias articuladas. O estudo mostra que assim como a maioria dos consumidores de qualquer classe os ricos também pesquisam antes de comprar. Bolsas e calçados continuam a ser os itens mais vendidos pela web.