Pouco algodão sustentável para a demanda

Primeiro relatório anual da Textile Exchange faz balanço sobre o desafio da moda de usar 100% de material de fontes limpas até 2025

Com base na experiência de 30 empresas que participaram do Preferred Fiber and Materials (PFM) Benchmark Program, a Textile Exchange aponta que 10% só usam algodão cultivado com práticas consideradas sustentáveis para confeccionar as roupas, o chamado preferred cotton, ou usam algodão orgânico. Signatárias do compromisso de usar 100% de algodão de fontes limpas até 2025, essas três empresas anteciparam a meta. Essa é umas principais conclusões do primeiro relatório anual elaborado pela Textile Exchange – 2025 Sustainable Cotton Challenge.

O programa levantou também que em 37% das empresas ou marcas que assinaram o compromisso em 2016, o preferred cotton tem participação estimada entre 75% e 99%. O relatório determina algumas faixas de participação, sendo que 6% das empresas do grupo não fazem o rastreamento de origem do algodão empregado. O relatório destaca que para a indústria da moda alcance o uso de 100% de algodão sustentável é preciso “aumentar significativamente” as áreas de cultivo com técnicas que cuidam da qualidade do solo, sem uso de pesticidas altamente perigosos, fazem uso racional da água, sem mão-de-obra escrava ou análoga à escravidão, entre outras providências.

De acordo com o relatório da Textile Exchange, a produção global de preferred algodão saiu de 319,248 milhões de toneladas, em 2016, para 940,533 milhões de toneladas, no ano passado.

Do ponto de vista da produção, são parceiros dessas iniciativas entidades como Better Cotton Initiative (BCI), Cotton made in Africa (CmiA), Fairtrade, Organic Content Standard (OCS), Global Organic Textile Standard (GOTS), Recycled Claim Standard (RCS), Global Recycled Standard (GRS) e SCS Recycled Content Standard.

Entre as marcas signatárias estão Levi’s, Kering, Timberland, M&S (Marks and Spencer), Asos, Burberry, Adidas, Nike, H&M, Volcom, House of Fraser e GreenFibres.