Desbote com ozônio

A Desbot Clean estréia no mercado com sistema alternativo, que será demonstrado durante a Expolav

 

 O engenheiro químico José Luís Cabezudo desenvolveu um processo que usa água ozonizada para desbotamento de peças confeccionadas em denim ou malha. Os testes em laboratório estimularam a criação de uma empresa, a Desbot Clean, dedicada à comercialização do conjunto, que envolve a lavadora, o gerador e o catalisador de ozônio, além do controlador eletrônico que gerencia todo o processo.

 

Para o lançamento, o executivo contou com o apoio da Panozon, fabricante de equipamento para tratamento de água com ozônio da qual é representante em Curitiba (PR), e da Maltec, fabricante de máquinas para lavanderias cujos produtos são representados por Celso Pereira, sócio do engenheiro no empreendimento. Apresentações do sistema estão programadas no estande da empresa durante a Expolav, que começa hoje, 27, no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Paulo.

 

O ozônio substitui enzimas ou outros oxidantes no processo de desbotamento das peças, inclusive aquelas cujo tecido contém elastano, garante Cabezudo. Segundo o engenheiro, ao mesmo tempo em que o ozônio ataca o pigmento, ele elimina os vestígios do pigmento na água. Dessa forma, a água pode ser reutilizada algumas vezes no mesmo processo ou em outros até ser descartada.

 

Além da redução no consumo de água, a empresa aponta outros benefícios, como economia de energia, uma vez que o ozônio não necessita de água quente. Para evitar o aspecto uniforme de desbote, o engenheiro recomenda associar o uso de água ozonizada a processos como lixado ou jateado. “Assim, é possível eliminar o uso de pedras, que geram resíduos, além de provocar maior desgaste das lavadoras”, salienta Cabezudo.

 

 

 

 

Ele não fala de preço. Diz que o custo depende de análise, do volume de peças processadas pela lavanderia, por exemplo, entre outras variáveis. O conjunto é vendido sob encomenda.

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