A unidade da lavanderia em Horizonte, cidade próxima da capital cearense, opera para atingir 200 mil peças por mês até meados de 2010

A Wash Brasil abre filial no nordeste e aposta em desenvolvimento com trabalhos diferenciados para atrair clientes. Inaugurada em janeiro, a unidade nordestina da lavanderia fica na cidade de Horizonte, localizada a cerca de 30 km da capital cearense. Contando com 60 funcionários, a empresa estima a contratação de outros 90 empregados até o meio do próximo ano, quando pretende alcançar a marca de 200 mil beneficiamentos realizados por mês.

Com espaço total de seis mil metros quadrados, o galpão onde funcionava uma confecção foi arrendado para a Wash, que assumiu a área da lavanderia, e cinco facções diferentes e independentes, cujos trabalhos são beneficiados pela Wash. “A estrutura deixada pela antiga empresa era muito boa, por isso não foram necessários muitos investimentos. Compramos máquinas para trabalhos de bigode 3D, manequins, caldeira e fornos e já pudemos começar a trabalhar”, conta Marcelo Bezerra, sócio da Wash Brasil.

Buscando oferecer qualidade no beneficiamento e em acabamentos artesanais, a empresa construiu também uma lavanderia-piloto, que conta com manequins, lavadoras, secadoras e centrífuga. “A parte de criação e desenvolvimento, assim como a gerência da empresa, é feita pela mesma equipe da lavanderia mineira”, afirma o sócio.  

Sem deixar de lado sua primeira unidade, instalada em Juiz de Fora (MG), a Wash investiu no aumento de capacidade da estação de tratamento de efluentes, que passou de 30 mil para 50 mil metros cúbicos. Com as mudanças, a unidade mineira passou a reaproveitar cerca de 80% da água utilizada nos beneficiamentos, o dobro do que era reutilizado antes. Além disso, a unidade da lavanderia em Minas Gerais quer aumentar o volume de produção em 20% até o fim do ano, atingindo cerca de 120 mil peças por mês

Condomínio de empresas

De acordo com Bezerra, a boa estrutura do prédio onde funcionava a confecção contribuiu para que o espaço funcione como unidade da lavanderia acabou se tornando uma espécie de condomínio. “O proprietário do galpão separou as áreas e dividiu cinco baias na parte de confecção, que foram arrendadas por diferentes facções”, explica. O modelo começa a chamar atenção de outras empresas do ramo que, agora, procuram lugar nas redondezas.

“Novos galpões estão sendo alugados por outras facções na região e novas empresas de desenvolvimento e de bordados já demonstram interesse em garantir espaço por lá. Com representantes da indústria têxtil, de confecções e de lavanderias concentrados, a área está se transformando em um novo pólo do segmento”, comenta o executivo, acrescentando que, até agora, cerca de 400 empregos diretos foram gerados em função desse movimento.

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