Lav Star cresce em novo mercado

Única lavanderia de jeans de Mato Grosso do Sul, a empresa investe em reúso de água

 

 

 

 

 

 

 

Pioneira no Mato Grosso do Sul, a Lav Star é a única lavanderia do estado que beneficia jeans. A lavagem do denim começou há apenas dois anos e surgiu a partir da demanda das confecções locais, sendo viabilizada pela estrutura pré-existente na empresa que há 20 anos atua na chamada lavanderia branca, voltada para hotéis, restaurantes e empresas, e na lavagem de big bags, bolsas que transportam o açúcar produzido na região.

 

A proprietária da empresa, Marilse Rotta, conta que “o jeans é apaixonante” e que tem grande prazer em trabalhar com as peças feitas do tecido. Atualmente, a lavanderia beneficia de 5 mil a 7 mil peças por mês. São 12 funcionários trabalhando para o segmento e mais 18 dedicados aos outros dois setores.

 

Os clientes são principalmente confecções da região, e algumas do Mato Grosso. “O transporte para o Mato Grosso é mais rápido, por isso, algumas confecções de lá estão optando por lavar conosco”, conta Marilse. A logística da lavanderia é terceirizada via transportadora.

 

A Lavstar se atualiza nas tendências por meio de revistas, internet e informações trazidas por um técnico que vem regularmente a São Paulo. A empresa oferece um mostruário com cerca de 40 tipos de lavagens. Com isso, é raro as confecções sugerirem o tipo de beneficiamento. A empresária conta que o número de confecções no Mato Grosso do Sul ainda é pequeno, mas está crescendo aos poucos. “Hoje, Campo Grande conta com uma faculdade de moda. A tendência é o mercado aumentar, mas o processo é lento”, comenta.

 

Reúso de água

O diferencial da lavanderia, segundo Marilse, é a alta qualidade dos serviços e a seriedade com que trata seus clientes. A empresa foi contemplada com o prêmio Top of Mind em 2005, concedido pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa de Opinião Pública.

 

Na área de jeans, a beneficiadora atua com apenas 10% de sua capacidade. “Com a infra-estrutura de local e de máquinas poderíamos beneficiar 50 mil peças por mês; só haveria necessidade de contratar mais funcionários”, revela a proprietária.

 

Entre os projetos em execução, Marilse elege a instalação de um sistema para reúso da água consumida no processo de produção. As obras estão em curso, financiadas por uma linha especial de crédito do Banco do Brasil, o FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste). A empresária tem por meta reutilizar 80% da água empregada. “É bom para natureza e é bom para os negócios”, constata.

 

Os cuidados com a preservação ambiental incluem o uso de combustível alternativo para o funcionamento das caldeiras. A madeira usada para queimar vem da poda de árvores, sendo a companhia de energia elétrica uma das principais fornecedoras dessas sobras. “Reaproveitamos um material que iria para o lixo”, orgulha-se Marilse.