John Cler inicia ano com investimentos

Lavanderia de Goiás montou a primeira edição do evento Casa Denim, prepara automação de máquinas e prevê desembolso de R$ 1,5 milhão em equipamentos.

A lavanderia John Cler, de Goiânia (GO), iniciou 2017 com investimentos, fruto de mudanças estratégicas iniciadas há dois anos. Montou pela primeira vez o evento Casa Denim, na sexta-feira, 20 de janeiro, visando estreitar laços com clientes, fornecedores, estilistas e estudantes da região. Inicia neste primeiro semestre a automação das máquinas da área molhada da lavanderia e prevê investir na compra de modelos mais potentes de máquinas de marcação a laser e geração de ozônio, com a previsão de desembolso de R$ 1,5 milhão.

Segundo Julia Stolfo, laundry designer da equipe de criação da John Cler, a expectativa é de os equipamentos entrarem em produção até o final deste primeiro semestre. “É uma forma de otimizar a produção, com menos desperdício de água e de produtos químicos”, destaca Julia. A lavanderia já conta com dois equipamentos laser instalados – um de 150 watts e outro de 250 watts. A intenção é comprar uma terceira máquina de maior potência, de 600watts, com a qual consegue aplicar efeitos e processos na peça inteira de uma vez, ganhando produtividade.

No caso do ozônio, a empresa pretende substituir o modelo em uso por outro mais novo e com mais recursos. Já o processo de automação visa instalar controle automático programável nas 26 lavadoras em operação e seis secadoras.

EVENTO DE ESTRÉIA
A primeira edição do Casa Denim reuniu em torno de 140 pessoas, em espaço fora da lavanderia. Apresentou palestras com fornecedores sobre tecnologia e morfologia de peças, além da exposição de modelos desenvolvidos pela lavanderia e outros criados por parceiros. Um deles é a artista plástica do estado e professora do curso de Design de Moda na Universidade Salgado de Oliveira, Casilda Vitória, que reproduziu pinturas originalmente feitas sobre telas em peças de denim.

Também convidou alunos de Design de Moda da UFG (Universidade Federal de Goiás) para desenvolverem looks em denim, assim como propôs a sete estilistas da região a criação de modelos que foram lavados pela John Cler, além da contribuição de três marcas: Pit Bull, Mazzoty Jeans e Gazebo Jeans. Para todos esses trabalhos, os tecidos foram doados por quatro fabricantes de denim: Canatiba, Covolan, Cedro e Santista, observa a estilista.

A intenção é realizar o evento anualmente, com vistas também a ajudar na captação de clientes, explica Julia, designer de Moda formada pela Universidade Salgado de Oliveira, com pós-graduação em Química Têxtil pelo Senai-SP, que há dez anos trabalha na John Cler.

DIVISOR DE ÁGUAS
Ela conta que 2015 pode ser considerado um divisor de águas para a empresa. Naquele ano iniciou a mudança de perfil de trabalho, impulsionada pela evasão de clientes do Brás, pólo de jeans de São Paulo. “Optamos por voltar os olhos totalmente para o centro-oeste, para o mercado de Goiás”, lembra. A partir de então começou o ciclo de investimento em tecnologia de lavanderia e melhoria de qualidade na produção, não só com equipamentos, como também com treinamento e qualificação de pessoal. Outra medida foi adotar a participação de lucros pelos funcionários, que garantiu forte engajamento na execução de metas.

“Nossa estratégia foi positiva porque nesse período de crise, enquanto o pessoal estava dando passos para trás para baixar preço, a gente manteve preço, em alguns momentos teve até aumento de preços, e não perdemos clientes. Aumentamos a qualidade, que ajudou clientes a vender mais também”, analisa a estilista.

Com 70 funcionários diretos, a John Cler varia o volume de produção entre 80 mil e 120 mil clientes, dependendo da época do ano e da complexidade de efeitos das peças a serem processadas.

GALERIA DE FOTOS (divulgação: Renner Mariano)


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