Fakini mira o mercado externo

Empresa negocia com distribuidores no Líbano para alcançar vários países do Oriente Médio, além de estudar entrada no mercado norte-americano.

A Fakini, fabricante catarinense de moda infantil, quer aproveitar a onda positiva da valorização do dólar para ampliar oferta de produtos no mercado externo. Com 20 anos de mercado, a marca começou a exportar em 2000 como private label (PL) principalmente para países da América Latina, como Paraguai, Uruguai e Bolívia. “Nessa época chegamos a exportar 70% da nossa produção”, afirma o diretor comercial, Francis Fachini. Esse modelo foi migrando para a distribuição para grandes magazines, culminando, em 2012, pelo investimento mais intenso na marca própria e licenciadas, com a concentração das vendas no Brasil.

Em 2015, os planos incluem a retomada de exportações para a América Latina, Estados Unidos e Oriente Médio. Fachini voltou recentemente do Japão onde foi fazer um curso sobre gestão internacional de moda com o apoio da Texbrasil e Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e, em maio, esteve no Líbano em reuniões com potenciais distribuidores. “Planejamos usar o país como plataforma para alcançar o Oriente Médio em regiões como Dubai, Abu Dabi, Síria e Jordânia, bastante receptivas à moda infantil brasileira”, diz Fachini. Em paralelo, serão reativadas exportações para a Costa Rica, República Dominicana e Colômbia.

“Outro foco é alcançar o mercado norte-americano, onde estudamos alternativas para vender nosso produto. Lá não vamos brigar por preço, mas oferecer qualidade e inovação”, afirma. De acordo com Fachini, a diretoria estuda formar uma joint venture com uma empresa local ou fazer uma parceria de distribuição por meio de comércio eletrônico. “Estamos esboçando o melhor formato”, completa. A meta é exportar de 3% a 5% da produção a médio prazo. “Nossos números só não são maiores porque existe o risco cambial. Mesmo assim, em uma visão de longo prazo, continuaremos exportando”, afirma.

No primeiro quadrimestre, a empresa cresceu 18% em relação ao mesmo período do ano passado, com a reformulação comercial de áreas geográficas e reforço da equipe de vendedores no nordeste. Em paralelo continua investindo no comércio eletrônico por meio de um site para o consumidor final (B2C) e outro para os lojistas (B2B), além de participar de marketplaces como Dafiti, Netshoes, Submarino e Passarela. “Nos últimos anos evoluímos na qualidade do produto e pontualidade de entrega, o que nos diferenciou”, ressalta o diretor comercial. Com 80 representantes, a fabricante de Pomerode (SC) alcança 6 mil multimarcas.