A Mulher do Padre passa por reformas

Além das obras de renovação da loja própria, a empresa faz planos para trabalhar em outras áreas, como a produção da capa do CD de Larry Tee

Para fortalecer a marca e dar mais atenção a novos projetos, a marca A Mulher do Padre, ou AMP, decidiu reformar a loja na rua Augusta, na capital paulista. O projeto, iniciado há um mês, teve investimento de cerca de R$ 200 mil e deve ser concluído até setembro, quando a loja própria reabre as portas. O objetivo da ação é criar uma base para assuntos de comunicação dentro da empresa e, com isso, lançar outros trabalhos.

 

Um dos projetos em andamento é a elaboração da capa do próximo CD do cantor Larry Tee, produzida junto com Muti Randolph, reconhecido por seus trabalhos de ilustração gráfica e projetos para a televisão, eventos e casas noturnas. “No primeiro andar, funcionará a loja, e no segundo terá um espaço para a execução de projetos paralelos, relacionados com música, outras marcas, etc”, conta Vinícius Campion, proprietário e estilista da AMP.

 

A campanha de verão da marca apresenta uma nova proposta. Foi fotografada em três casas noturnas de São Paulo, tendo os freqüentadores como modelos. “Quem estava nas casas onde fizemos a campanha podia escolher no mostruário peças para compor um look e ser fotografado. Assim, o catálogo já sai com a mão do consumidor final, sem interferências, pois as peças que estão lá foram escolhidas por eles próprios”, explica Campion.

 

campanha verão 2009 AMP

De acordo com o empresário, as coleções da marca são feitas em três fases. Na primeira, as idéias são livres. Na segunda, é feito todo o desenvolvimento e na terceira, os modelos passam por filtros, de acordo com o momento da indústria. Dividida em três coleções anuais, a marca produz 220 modelos para as estações de inverno e verão, e outros 80 para o alto verão. A produção atinge cerca de 100 mil peças anuais, sendo 30% jeans. A maior parte de cada coleção (60%) é dedicada ao público feminino.

 

Segundo Campion, a participação do jeans começou a crescer dentro das coleções da marca nos últimos três anos, período em que teve aumento de 130%. Toda a produção é feita pela Mimo, que presta serviços de private label para a marca.

 

Histórico

 

No mercado há 13 anos, a AMP iniciou com a produção de paletós, na época em que Campion cursava Desenho Industrial com foco na Indústria Têxtil, na Faculdade Santa Marcelina. A partir disso, a marca passou por mudanças e diversificou modelos, passando a comercializar os produtos em feiras como o Mercado Mundo Mix e em lojas multimarcas.

 

campanha verão 2009 AMP

Depois de um ano, foi aberta a primeira loja, na Galeria Ouro Fino. Até chegar aos dias atuais, a AMP passou por outras fases, como em 2003, quando administrou um espaço na rua Fradique Coutinho, no bairro de Pinheiros, em São Paulo (SP), que abrigava a loja da marca e uma casa noturna, batizada de Ampgalaxy, além de uma gravadora, que dava espaço a novos artistas e talentos.

 

“Nessa época, o foco começou a se perder e, por isso, acabamos deixando de lado esses outros projetos para nos dedicarmos a AMP”, explica o empresário. Em 2005, a empresa abriu 15 escritórios regionais, divididos entre os principais estados do país como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Pernambuco, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, visando conquistar mais lojas multimarcas.

 

Hoje, a AMP tem um showroom na rua Augusta, assim como sua loja própria, e conta com cerca de 190 lojas multimarcas na coleção de inverno e 220, na de verão.

fotos: divulgação