Zara e H&M entre as 100 mais valiosas

Ranking do 20º aniversário do Best Global Brands mostra, porém, que ambas perderam valor de um ano para o outro.

Sem contar as marcas de luxo, o ranking Best Global Brands que reúne as cem labels mais valiosas do mundo permanece com apenas duas de varejo de roupas. São as mesmas duas desde 2016: Zara e H&M. Mas elas perderam valor de um ano para o outro. Caíram 3%. A depreciação custou quatro posições à espanhola Zara que em 2018 ultrapassou a sueca H&M.
Avaliada em US$ 17,17 bilhões, a marca pertencente ao grupo Inditex assumiu o 29º lugar do ranking.

Apesar de ter perdido valor, a H&M manteve o 30º lugar do ano passado. Está avaliada em US$ 16,345 bilhões, quase o mesmo valor que tinha em 2011 (US$ 16,57 bilhões). O ápice da H&M no mercado foi em 2016 quando esteve apreciada em US$ 22,68 bilhões. O apogeu da Zara no ranking foi de US$ 18,57 bilhões, em 2017. E, em 2018, apesar da apreciação, ultrapassou a H&M.

A 20ª edição do Best Global Brands revela o quanto as mudanças dos hábitos de compras dos consumidores afetaram as grandes marcas varejistas de roupas. O ranking de 2001, o primeiro a incluir cem marcas, exibia a Gap em 31º, a Ralph Lauren em 66º, a Levi’s em 67º e a United Color of Benetton era 100ª mais valiosa do mundo. Desde 2017, no entanto, só ficaram no grupo Zara e H&M.

ICONIC MOVES

Em 20 anos de dados de avaliação de marca, o ranking acumula muitas histórias para contar, como destacou Charles Trevail, CEO Global da Interbrand, na abertura do relatório. Ele observa que no cenário atual do mercado, as expectativas dos clientes estão se movendo mais rapidamente do que a capacidade das empresas de responder. Para concluir: “As Best Global Brands de mais rápido crescimento estão fazendo o que chamamos de Iconic Moves – grandes apostas que transformam a maneira como os clientes interagem com as marcas”.

Cita como exemplo o avanço da Gucci. No ranking atual, a marca valorizou 23% atingindo US$ 15,94 bilhões em valor de mercado em relação ao ano passado. Subiu seis posições, assumindo o 33º lugar. A Interbrand atribui esse crescimento, um dos maiores do ranking, à estratégia da marca compreender os anseios das gerações Millennial e Gen Z, fazer uso inteligente das médias sociais e campanha de marketing intensa.

Para a consultoria, os Icon Moves das marcas dependem das respostas a três perguntas fundamentais no cenário atual. A primeira é saber “quais necessidade e desejos iremos atender”. A seguinte questiona “através de quais experiências”. E última serve para definir com qual modelo de negócio vai operar para atingir o objetivo e qual o retorno esperado.

CINCO PRIMEIROS LUGARES CRISTALIZADOS

Apple continuar sendo a marca mais valiosa do mundo, apreciada em US$ 234,24 bilhões, aumento de 9% sobre 2018. Pela ordem, os cinco primeiros lugares são ocupados por Google (US$ 167,71 bilhões), Amazon (US$ 125,26 bilhões), Microsoft (US$ 108,84 bilhões) e Coca-Cola (US$ 63,36bilhões). Estrearam no ranking a Linkedin (US$ 4,83 bilhões) e a Uber (US$ 5,71 bilhões).