Venda de moda afeta o varejo paulista

Em maio, setor foi o que acumulou maior alta de faturamento em relação a abril e a maior queda na comparação com maio de 2015.

Moda foi o setor que mais influenciou o faturamento de maio do varejo do estado de São Paulo. As lojas de vestuário, tecidos e calçados obtiveram receita real de R$ 4,19 bilhões, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). Com esse volume apurado, o setor de moda foi o que acumulou a maior alta de faturamento em relação a abril entre as nove atividades pesquisadas, e a maior queda na comparação com maio de 2015.

Sobre abril, o avanço em vestuário, tecidos e calçados alcançou 24,6%. O crescimento influenciou pequena expansão do comércio varejista do estado como um todo de 2,26%, que faturou R$ 46 bilhões, em maio, dos quais R$ 14,6 bilhões na capital paulista. Quando a análise toma maio de 2015 como referência, a situação muda completamente, tanto para o varejo em geral quanto para as lojas que vendem roupas, tecidos e calçados.

Com um Dia das Mães considerado fraco este ano, o faturamento real do setor de moda caiu 15,8% quando confrontado com os resultados de maio do ano passado, tendo sido o principal fator do desempenho negativo do varejo como um todo no período, afirma comunicado da Fecomércio. A queda da receita geral do comércio paulista foi de 4,5%.

Segundo a assessoria econômica da entidade, os resultados confirmam as estimativas de que as vendas em maio seriam mais fracas, mesmo para atividades cujo faturamento costuma apresentar crescimento na data, como é o caso de vestuário. A FecomercioSP prevê taxas de crescimento mensais de julho a outubro do varejo em geral, “que permitiriam encerrar o ano de 2016 com queda próxima de 1%”, projeta.