Queda do emprego industrial oscila

Em julho, os setores têxtil e de vestuário atuaram novamente em linha com a indústria em geral, cortando empregos e se aproximando da média geral.

Sem alteração, o nível do emprego nas indústrias brasileiras de modo geral continuou em queda também em julho, em termos de pessoal ocupado (-0,70%), número de horas pagas (-1,2%) e valor da folha de pagamento (-1,80%), em relação ao mês anterior. De acordo com os dados da pesquisa mensal sobre emprego e salário na indústria, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em julho, o indicador de redução de corte de pessoal caiu menos que os quatro meses anteriores, porém, acelerou o corte em número de horas pagas e valor da folha.

A pesquisa, cujos resultados são divulgados publicamente, mostra o comportamento da indústria como um todo em relação ao mês anterior, mas, não o dos setores. Toma por base igual mês do ano anterior para fazer análise do desempenho setorial. No caso da média geral de julho 2015 sobre julho 2014, o comportamento foi bem semelhante ao de julho sobre junho, embora a taxas bem superiores. No período, a indústria como um todo reduziu em 6,4% a força de trabalho, em 7,2% as horas pagas e em 7% a folha.

Produtos têxteis e vestuário são apontados pela pesquisa como setores que pressionaram o mal resultado na comparação do mesmo mês. Em relação a julho de 2014, na área de moda, a maior contenção de custo foi determinada pela indústria de produtos têxteis. Com redução de 5,4% no quadro de pessoal, o setor derrubou em 5,5% o número de horas pagas para alcançar queda de 8,10% sobre o valor da folha de pagamentos das empresas.

No mesmo período de base de confrontação, como a têxtil, a redução do número de funcionários na indústria de vestuário ficou abaixo da média geral, caindo 5,1%. O número de horas pagas seguiu o mesmo padrão, com redução de 5%, porém, ao contrário do que ocorreu com a indústria de produtos têxteis, a folha de pagamento das confecções caiu apenas 0,3%, mostra a pesquisa do IBGE, sendo mais uma vez o setor que menos cortou custo com salários, como já ocorrera em junho.