Novembro foi difícil para o emprego paulista

Dos 21 segmentos observados pela pesquisa mensal da Fiesp, apenas um contratou mais que demitiu, deixando o setor com 25,5 mil vagas a menos que em outubro.

Como para toda a indústria paulista, novembro também foi um mês difícil para o emprego nos fabricantes de produtos têxteis e vestuário do estado de São Paulo. Entre contratações e desligamentos de funcionários, a indústria têxtil deixou de preencher 1.745 vagas. O saldo negativo ficou ainda maior nas confecções, que encerraram novembro com 1.890 funcionários a menos do que tinham em outubro, mostram os dados da pesquisa mensal realizada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Foi uma redução e tanto depois de quatro meses consecutivos de demissões contidas nos dois segmentos, sendo que a indústria de produtos têxteis apresentou saldo positivo em outubro e setembro. O desempenho das duas atividades não foi diferente do exibido pelas demais áreas. Apenas o ramo de informática, produtos eletrônicos e ópticos criou vagas em novembro, de 21 setores analisados pela pesquisa da Fiesp. Além de generalizado, o corte foi o maior do ano, com saldo de 25,5 mil vagas a menos do que a indústria mantinha em outubro. Segundo a entidade setorial, o quadro foi agravado pelas demissões no setor de açúcar e álcool, devido ao fim da safra de cana.

A Fiesp destaca ainda que “o levantamento feito seguindo o agrupamento das diretorias regionais do Ciesp mostra queda do nível de emprego em 31 delas, de um total de 36”. A região de São João da Boa Vista aparece na pesquisa como um dos destaques devido ao comportamento negativo em relação ao nível de emprego, tendo cortado 4,53% da força de trabalho nas indústrias locais, em novembro. E o setor de confecções de roupas pressionou essa taxa, ao encerrar 60% de suas vagas.