Menos emprego nas confecções paulistas

Se a indústria do estado de maneira geral abriu vagas em janeiro, ainda que abaixo da média para o mês, o setor de moda mantém a diretriz de reduzir o tamanho.

De toda a indústria paulista, as confecções de vestuário e acessórios foram as que mais cortaram vagas em janeiro, de acordo com a pesquisa mensal da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ). Foram eliminados 1.152 postos de trabalho na área, aumento em relação ao corte efetuado, por exemplo, em janeiro de 2014 (menos 785 vagas). O enxugamento no segmento de produtos têxteis foi menor, menos 35 vagas, no mês passado, ante 61 postos eliminados em janeiro de 2014.

A redução do quadro de pessoal do setor segue na contramão da indústria em geral que, em janeiro, aumentou a oferta, abrindo 2,5 mil vagas. O departamento de pesquisas e estudos econômicos da Fiesp ressalta, porém, que apesar de positivo, o resultado ficou abaixo da média para o mês. Como comparação, cita que em janeiro de 2014 foram abertos 6,5 mil postos de trabalho. Atribui o desempenho fraco a um leque de fatores que desestimulariam os investimentos: o aumento dos juros; a crise da água em São Paulo; o risco de apagão elétrico e o aumento no custo da energia; e o potencial aumento da carga tributária.

Botucatu foi a região com melhor desempenho no nível de emprego, com aumento de 1,1% no mês, influenciado pelas contratações das confecções (expansão de 7,49% na oferta) e de produtos alimentícios (mais 2,33%). Santa Bárbara d’Oeste é apontada como a região de pior cenário, com queda de 3,34% no emprego. Nesse caso, o principal corte veio da indústria de produtos alimentícios, que enxugou o quadro em 37% e o setor têxtil, com queda bem menor, de 1,05%.