Jeans é braço internacional da indústria têxtil brasileira

Com plantas no exterior, Vicunha, Tavex e Santana são apontadas pela Abit entre os fabricantes de maior internacionalização do setor

Em encontro com marcas do Brás, bairro paulistano reconhecido como um dos maiores polos de jeans do Brasil, na manhã de sexta-feira, 21, Alfredo Bonduki, diretor da Linhas Bonfio e membro da diretoria da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções), afirmou que os fabricantes de denim e sarja, Vicunha, Tavex e Santana, assim como a Bonfio e a Sancris, são as empresas de maior internacionalização do setor têxtil no Brasil. No caso das fabricantes de jeans, as companhias contam com plantas industriais em outros países. Durante a palestra, ele traçou um breve panorama atual da indústria têxtil e de confecção brasileira, perspectivas e agenda de prioridades do setor. Também tratou da importância do projeto Retalho Fashion, incentivando os lojistas da região a aderir à iniciativa de reciclar os resíduos têxteis gerados pela atividade, como fizeram os vizinhos do Bom Retiro.

Em termos de perspectivas de mercado, estudos da entidade apontam oportunidade de crescimento na área de cama, mesa e banho, estimulado pelo segmento hoteleiro por causa da realização da Copa do Mundo de futebol, no Brasil, em 2014. Outra direção de expansão aponta para o nordeste brasileiro, que tem superado a média nacional, respondendo hoje por 21% do consumo de artigos de vestuário, ultrapassando a região sul, que representa 17% do total. Só perde para o sudeste que sustenta 49% do consumo nacional de roupas. Como crograna prioritário para a indústria do país, a Abit defende o fortalecimento das confecções através de investimentos em novas máquinas, na qualificação da mão-de-obra e em tecnologia, medidas seguidas por ações de defesa comercial e investimentos em infraestrutura.

*reportagem de Karen Cabral