Indústria paulista demite em abril

Embora o setor como um todo tenha gerado 5 mil vagas a mais em relação a março, têxtil e vestuário demitiram no período.

O nível do emprego em abril agravou os dados negativos acumulados pelas indústrias de produtos têxteis e de vestuário de São Paulo no primeiro trimestre do ano. O setor têxtil cortou 628 vagas no mês, enquanto as confecções demitiram 591, revela a pesquisa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) sobre o nível de emprego, cujos resultados foram divulgados a semana passada. O comportamento da área de moda repete a situação verificada na maioria dos setores acompanhados pela entidade.

Com 22 setores pesquisados, apenas cinco aumentaram a oferta de vagas em abril, especialmente o de cana e álcool porque essa é a época de contratação, mas, em quantidade muito inferior a exibida em igual mês de outros anos, aponta a pesquisa. Com isso, o saldo total da indústria ficou positivo, com o registro de 5 mil vagas a mais. Os demais 17 setores da pesquisa reduziram o quadro de pessoal.

Pelos dados apurados, o relatório aponta a indústria de artigos de vestuário de Araraquara entre os destaques positivos, com pequeno incremento no nível de emprego de 0,23%, na comparação com março. Na região de Jacareí, ao contrário, o desempenho foi negativo influenciado pelos cortes das empresas de produtos têxteis (-2,94%) e da indústria de produtos químicos (-18,07%).