Indústria paulista acelera atividade

Ao contrário da maioria dos demais segmentos, os fabricantes têxteis melhoraram os principais indicadores, embora ainda enxugando quadro de pessoal.

Apenas a variável de pessoal ocupado ficou negativa no setor têxtil em outubro, segundo a pesquisa conduzida pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para calcular o INA (Indicador de Nível de Atividade). Os outros quatro indicadores demonstram aumento da atividade industrial entre as empresas têxteis paulistas, ao contrário do comportamento da maioria dos demais segmentos, cuja desaceleração levou a recuo de 0,9% em relação a setembro.

É o terceiro mês em queda na quantidade de pessoal ocupado na indústria têxtil. Retraiu em outubro para 81,02 pontos. Como o levantamento determina o desempenho mediante a atribuição de pontos por cada variável monitorada, quanto mais próximo de cem pontos ou acima, melhor será o desempenho industrial. E pior quanto mais se distanciar dos cem pontos.

Ainda que tenha menos gente trabalhando, a massa salarial real paga pela indústria têxtil subiu em outubro. Foi para 105,80 pontos em outubro. Em termos de horas trabalhadas na produção, o setor têxtil também registrou alta, saindo de 63,88 pontos em setembro, para 69,66 pontos, apontando aumento de atividade. Da mesma forma, o total de vendas reais cresceu em relação a setembro, registrando 136,84 pontos, em outubro.

O nível de uso da capacidade instalada reforça as variáveis de melhora da atividade no setor têxtil no início do quarto trimestre. Subiu para 80,19 pontos, o melhor indicador do ano, segundo dados da pesquisa da Fiesp. Foi a primeira vez em dez meses, que o indicador NUCI ultrapassou os 80 pontos.

Sobre o resultado negativo apresentado pela atividade industrial como um todo em São Paulo, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon) afirma em relatório divulgado ao mercado que essa queda de outubro “esfria a expectativa de uma recuperação no final do ano. Não tem o mesmo fôlego e não sabemos se vai ter”.

GRÁFICO COM A VARIAÇÃO DOS INDICADORES DE JANEIRO A OUTUBRO