Geração de emprego desacelera

Apesar do quadro ocupado menor, quando comparado a outubro de 2013, o nível salarial permaneceu praticamente estável no setor nesse período.

Em relação a outubro de 2013, o nível de emprego industrial nas áreas têxtil e de confecção de vestuário caiu em outubro passado. Mas, se a indústria de transformação brasileira acumulou queda de 4,4% no período, a retração do quadro de pessoal em roupas foi maior, recuando 5,4%, e na têxtil foi menor que a média, caindo 3,2%, retrata a pesquisa mensal de empregos e salários, divulgada nesta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O número de horas pagas nesse período acompanhou o recuo. A média da indústria foi de queda de 5%, a de vestuário ficou em baixa de 5,8% e de produtos têxteis teve contração de 3,3%. O valor da folha real de pagamentos variou menos, de acordo com a pesquisa. A folha da indústria em geral ficou 2,3% menor na comparação de outubro de 2014 com o mesmo mês do ano anterior. Os salários na indústria têxtil tenderam à estabilidade, apesar do quadro menor, com ligeira queda de 0,1%. A indústria do vestuário enxugou a folha em 0,3%, bem menos que a média do setor industrial analisado como um todo.

Retrato de São Paulo
Observando o comportamento geral da indústria da transformação na passagem de setembro para outubro, São Paulo foi um dos estados em que o quadro de pessoal ocupado mais caiu – só perde para o Rio Grande do Sul, revela o levantamento do IBGE . Entretanto, no setor têxtil e de vestuário a situação é menos dramática, segundo a pesquisa mensal realizada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

A indústria paulista demitiu 12,5 mil empregados em outubro, dos quais 531 vinculados ao setor têxtil, demissões que representaram queda de 0,5% em relação a setembro. Já as confecções de roupas ampliaram o quadro de pessoal em outubro, abrindo 414 vagas, situação que corresponde a pequeno aumento de 0,3% sobre o mês anterior, aponta a Fiesp. Entre os destaques positivos, a pesquisa da federação aponta a região de Santos, que registrou aumento de pessoal ocupado de 5,2%.