Gangorra no setor têxtil e de confecção em SP

Pesquisa da Fiesp revela que o trimestre foi complicado para a indústria de vestuário, enquanto as tecelagens continuam a contratar, mesmo que em menor ritmo.

Embora o saldo ainda seja positivo em número de vagas criadas, pesquisa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) revela que o primeiro trimestre do ano foi complicado para o setor de confecção de vestuário e acessórios, analisados de forma integrada. Se em janeiro essas empresas abriram 984 vagas, em volume semelhante ao exibido pelo setor têxtil, em fevereiro e março, o movimento foi de demissão. Foram cortados 563 postos, dos quais 105 em março.

Em compensação, a indústria paulista de produtos têxteis continua a contratar, apesar de ter diminuído o ritmo. Abriu janeiro com a criação de 1.294 empregos, voltou a ampliar o quadro com mais 313 postos, em fevereiro, e abriu outras 384 vagas em março. No trimestre, o setor gerou 1.991 novos empregos, mostra a pesquisa sobre nível de emprego realizada mensalmente pela Fiesp. Em análise de desempenho regional, o levantamento dá destaque a Araçatuba, que registrou alta de 3,80%, em março, taxa puxada por produtos alimentícios (10,1%) e de artigos de vestuário (5,73%).

De maneira geral, março foi considerado um mês morno pelo coordenador da pesquisa, Paulo Francini, diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos da entidade empresarial. Foram criadas 13 mil vagas, porém, 10.196 delas apenas no setor de açúcar e álcool. O restante está espalhado entre as empresas dos outros setores.