Emprego setorial sofre mais

A indústria brasileira em geral encerrou 2014 com menos gente empregada, sendo que têxtil e vestuário fizeram enxugamento acima da média.

Como já informara o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) em janeiro, a indústria brasileira em geral, e a de vestuário e têxtil em particular, encerraram 2014 com menos gente empregada. O corte total foi de 3,2% no acumulado do ano, com dezembro ainda exibindo forte indicador de redução no setor, mostra a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cujos resultados foram divulgados nessa terça-feira, 10 de fevereiro.

Segundo o instituto, a redução ao longo do ano em pessoal ocupado alcançou na têxtil 4,4% e nas confecções, 3,4%. Dezembro mostrou corte de 3,5% na primeira e de 3,1% na segunda, sobre o mesmo mês de 2013, ante o recuo de 4% encontrado na média da indústria em geral no período. Os índices são negativos também para número de horas pagas e valor da folha de pagamento real.

De maneira geral, a indústria contabilizou 3,9% a menos de horas pagas em 2014, sendo que apenas em dezembro a redução atingiu 5,3%, quando comparada a dezembro de 2013. Têxtil e vestuário acompanharam o corte, acumulando no ano queda de 4,9% e de 3,8%, respectivamente. Dezembro acabou com menos 1,7%, na têxtil, e menos 3,7%, entre as confecções.

O enxugamento em postos de trabalho refletiu palidamente no valor da folha paga no setor no ano: queda de 0,6%, em vestuário e na têxtil, contra redução de 1,1% da indústria geral, assinala a pesquisa. Apenas em dezembro, o valor da folha das confecções despencou 7,7% em relação a dezembro de 2013, enquanto o corte do segmento têxtil ficou em 1,9%. A média geral mensal foi de recuo de 3,9%.