Em compasso de espera

Câmara Interministerial para indústria têxtil não progrediu

Representantes do setor têxtil levaram à Brasília, no dia 30 de maio, uma série de medidas para proteger os investimentos nacionais. O documento foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu criar uma Câmara Interministerial, a ser organizada pelo ministério da Fazenda. Um mês depois do encontro, a ABIT, a FIESP e o próprio Ministério respondem, através de suas assessorias de imprensa, que não dispõem de informações sobre a Câmara.

Ecaminhado pelo presidente da ABIT, Josué Gomes da Silva, juntamente com o presidente do Sinditêxtil-SP, Rafael Cervone Netto e um grupo de empresários do setor, o documento propõe mudanças que permitam aumentar a competitividade das empresas brasileiras nos mercados interno e externo. O texto pede mudanças tributárias, com mais transparência e menos burocracia; taxas de juros e política cambial adequadas, que favoreçam as exportações; a implantação de recursos de proteção e de salvaguardas para proteger os empresários brasileiros de acordos injustos e práticas ilegais, como a pirataria.

Retrato do Setor
Dados da ABIT apontam que o setor têxtil e de vestuário soma 30 mil empresas, exporta cerca de US$ 2,2 bilhões e movimenta US$ 25 bilhões no mercado interno. As micro e pequenas empresas compõem 97% do setor e 75% dos empregados são mulheres.