Denim representa 20% do volume de tecidos de algodão

Desde o final do ano passado, o Icac incorporou tabelas com o comércio mundial envolvendo o produto, com dados desde 2000.

De acordo com a mais recente edição do estudo sobre a demanda mundial de algodão para a indústria têxtil, realizado anualmente pelo Icac (International Cotton Advisory Committee), a participação do denim no volume movimentado pelo comércio mundial de algodão varia de 20% a 25%, enquanto a cota de mercado em valor pode representar de 15% a 20% do total. É a primeira vez que o relatório aborda o comércio de denim.

Concentrando a análise no período de dez anos (2001 a 2011, porque alguns países apresentam atraso na captação dos dados), a entidade informa que na década em foco as importações de denim registraram 670 mil toneladas, em média por ano. Já as exportações tiveram média de 630 mil toneladas por ano no mesmo intervalo de tempo.

A China continua sendo disparado o principal país importador e exportador de denim do mundo. O estudo do Icac subdivide a China em três territórios, sendo que Mainland e Hong Kong promovem operações com o tecido, deixando de fora Taiwan. Em 2012, a fatia de Mainland somou 273 mil toneladas de todo o denim exportado e Hong Kong, sozinha, respondeu por 91 mil toneladas do total de importação.

No comércio mundial, a participação do Brasil é pequena. Em 2012, importou 6,7 mil toneladas, avaliadas em US$ 32,6 milhões; e exportou 8,3 mil toneladas em operações no valor de US$ 64,2 milhões. Entre 2008 e 2011, as importações brasileiras cresceram até chegar a 16 toneladas, para recuar em 2012, demonstra o estudo do Icac. As exportações experimentaram avanços até 2005 e, desde então, só vêm caindo.

Em termos de valores, o denim brasileiro mais que dobrou, de modo que o país acompanhou a movimentação exibida pelo mercado internacional. Negociado em US$ 3,2 por tonelada no início de 2000, o produto brasileiro saltou para US$ 7,7 por tonelada em 2012. Contudo, o denim comprado pelo Brasil variou pouco. Saiu de US$ 4,3 por tonelada em 2000 para US$ 4,8 por tonelada 12 anos depois.