Grupo do Agreste vai produzir máscaras

Empresas unem-se em projeto que começa produzindo máscaras de proteção e as confecções pequenas serão pagas pelo trabalho.

A campanha Agreste Unido é uma iniciativa de empresários das cidades do Agreste Pernambucano – Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. O objetivo é doar às secretarias de Saúde dessas cidades materiais de proteção e, ao mesmo tempo, gerar renda para pequenas confecções da região cadastradas que farão a produção. Essas pequenas empresas serão pagas pelo trabalho, afirmou Antonio Manzarra, diretor comercial da Santana Textiles. A tecelagem doou o tecido que será usado na fabricação.

Segundo o executivo, projeto similar foi discutido com a secretaria de Saúde do Ceará para ser implantado no estado na manhã de ontem, 26 de março. Também deverá começar pela produção de máscaras de proteção. A coordenação está com a Santana, que doará os tecidos. No Ceará, a demanda atual é por estruturar o grupo com empresas que façam doações financeiras e identificar confecções de roupas que assumam a produção, diz o diretor.

No Agreste Pernambucano, a campanha já está mais adiantada. A partir de amanhã, 27 de março, o grupo inicia a entrega das máscaras para as secretarias de Saúde de cada cidade. Ao todo, nessa primeira fase serão confeccionadas 100 mil máscaras. A Santana doou denim leve de camisaria, aprovado pelas secretarias de Saúde.

As máscaras doadas serão utilizadas em substituição ao modelo N95, que ficará destinado às equipes médicas. As N95 estão ficando escassas no sistema de saúde. As máscaras doadas foram produzidas de acordo com especificações das secretarias de Saúde, diz Manzarra. Podem ser usadas por até quatro horas, lavadas, esterilizadas e reutilizadas.

DOAÇÕES FINANCEIRAS

A campanha Agreste Unido conseguiu até o momento reunir cerca de cem empresas, entre confecções e distribuidores do setor, que farão doações financeiras. A Santana Textiles informa que doou os tecidos para confecção desse material de proteção, além de ter feito doação financeira. Com o dinheiro arrecadado, o grupo paga as confecções que executaram o trabalho.

“Assim atacamos dois pontos, ajudamos a saúde e o lado econômico-social, pois estamos gerando renda para a população”, afirmou o diretor da Santana em comunicado enviado ao GBLjeans. Ele conta que em apenas uma manhã conseguiu arrecadar 25% do valor necessário para pagar a produção das máscaras.

O próximo passo será produzir roupas de proteção para médicos e enfermeiros. “Já estamos trabalhando para a aprovação do material junto as secretarias de Saúde”, afirma o executivo. O projeto tem a participação da Acit (Associação Comercial e Industrial de Toritama).