Sawary implanta controle por radiofreqüência

Novo sistema faz a leitura por lotes de produtos, economizando horas de trabalho; bastam dez minutos para consolidar de uma vez só informações de 500 calças.

A tradicional marca de jeans Sawary está modernizando a etiquetagem e movimentação de suas peças com a implantação de um sistema de RFID (leitura por radiofrequência, na sigla em inglês) que começou a ser implantado no final do ano passado e deve ser finalizado em abril. A consolidação das informações sobre as características de um lote de 500 calças levava em torno de uma hora usando a leitura do código de barras de cada uma. Com o novo sistema, o mesmo fardo de 500 calças é lido de uma só vez em um portal, consumindo em torno de dez minutos, afirma o analista de sistemas da Sawary, Sergio Rodrigues.

A empresa paulistana, com sede no Brás, tem mais de 20 anos de mercado e produz 500 mil peças por mês, finalizadas por diferentes facções. A adaptação à nova forma de trabalho, tanto da equipe interna quanto dos terceirizados, foi um dos desafios enfrentados pela empresa. “Além das etiquetas antigas com código de barras, os produtos recebem uma nova tag com chip que informa o tamanho e o tipo da peça, integrada no final do processo de produção. Se colocada de forma errada produz divergência de informações sendo necessário desempacotar todo o lote e ler cada código individualmente, levando ainda mais tempo do que o processo anterior”, explica o analista de sistemas da Sawary.

A Itag, que forneceu o sistema, está treinando a mão de obra para diminuir erros na colocação das etiquetas e evitar divergência de informações. “Todo o processo está integrado à gestão empresarial para informações do inventário, controlando encomendas e a movimentação das peças”, explica o analista.

O sistema de logística e separação dos produtos também foi modernizado, além da substituição de carrinhos de metal por modelos de plástico de modo a evitar interferências na leitura. O espaço ganhou um portal com antenas que se comunicam com um leitor (“reader”) que consolida informações dos chips das peças por lotes, conforme as encomendas. Segundo Rodrigues, a Sawary manteve as antigas etiquetas de código de barras nos produtos para funcionarem como backup no caso de eventual falha do novo sistema.