Portugal cria loja do futuro

Sistema que consumiu investimentos de 880 mil euros, inclui cabine digital, que permite provar roupa sem ter que vesti-la.

Através do centro tecnológico para área têxtil Citeve, Portugal concluiu o projeto batizado de Loja do Futuro. Para demonstrar as funcionalidades do sistema, montou instalações que simulam o ambiente de uma loja. Entre as novidades desse projeto que consumiu 880 mil euros em investimentos, está a cabine digital, que permite provar a roupa sem ter que vesti-la, mediante a combinação de recursos de computação gráfica, sensores, telas e integração com o estoque.

A cabine de prova inteligente detecta a presença do consumidor e abre o assistente virtual, que permite acesso ao catálogo de produtos da loja. Dotada de espelho mágico interativo, permite ao cliente simular a prova dos modelos disponíveis, escolhendo o que quer apenas pelo movimento dos braços e com gestos. Ali, a pessoa consegue selecionar a peça e consultar disponibilidade de cores e tamanho, avaliar a combinação com outros itens e, se quiser, pode postar o look em alguma das redes sociais para saber a opinião dos amigos.

O provador digital não é o único recurso tecnológico disponível. A entrada da loja conta com vitrine interativa, capaz de reconhecer se quem entra é homem ou mulher e a faixa etária, apresentando assim um catálogo contextualizado, também operado por gestos, descreve o Citeve. As prateleiras são inteligentes, baseadas na tecnologia RFID, que servem tanto para fornecer informação adicional sobre os produtos aos clientes numa tela ao lado, quanto para gestão, reconhecendo quando algum artigo é retirado do lugar e o destino que teve, se foi devolvido à estante ou se foi provado e comprado.

A loja do futuro dispõe ainda de um body scanner, preparado para obter cerca de 400 medidas do corpo humano em aproximadamente dez segundos, informa o Citeve. Com base nesses dados, o sistema sugere modelos de roupas que melhor se adaptam ao tipo físico identificado, assim como facilita eventuais ajustes, como fazer a barra, sem que o consumidor precise vestir a peça. Da mesma forma, o lojista pode acumular os dados para extrair o perfil médio de seus clientes e produzir ou comprar modelos mais adaptados às medidas que encontrou.

Sob essa interface interativa, roda um sistema de gestão desenvolvido para fornecer em tempo real aos gestores indicadores para definir as próximas coleções, consultar itens mais vendidos, cores e tamanhos, analisar desempenho de vendas por categorias de produtos, entre outras funcionalidades. Com implantação por módulos, cinco ao todo, a plataforma é toda interoperacional, diz o Citeve, que desenvolveu o projeto em consórcio com a área de computação gráfica da Universidade do Minho, a Creative Systems, o Inesc-Porto, a Ubisign e a Tetribérica. A iniciativa nasceu no âmbito do projeto Power Textile Século XXI: PT21.

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